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Je suis un Homme...

Comme ils disent! Onde tudo tem o seu espaço.

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Dia Mundial do Teatro

“A vida é uma peça de teatro, por isso ame, sorria, ria, chore, viva, antes que o pano caia e a peça

Celebramos hoje o Dia Mundial do Teatro. E, como já referi, em outras vezes, teatro é vida.

 

Quando olho para trás, na minha vida, consigo ver em como o teatro sempre esteve presente na minha vida e como agora tenho a oportunidade de o fazer.

 

A minha primeira memória de teatro remete à minha infância, com a peça de Jaime Gralheiro, “Na Barca com Mestre Gil”, representada no majestoso teatro (atualmente Cineteatro) de São Pedro do Sul. Lembro-me que assisti pelo menos a duas apresentações dessa peça.

 

Anos depois o teatro entrava sobre a escrita na minha vida, com o “Farrucho”, a peça de um espantalho que eu lia e relia vezes sem conta. Aquando dos meus anos no Seminário de São José, em Fornos de Algodres, fiz teatro para a escola e pequenas peças para o tradicional Jantar de Natal dos Professores.

 

Toda esta paixão foi vivendo, assistindo sempre que possível a peças de teatro, musicais e outros tantos. Depois, no meu último ano de seminário menor, em 2009, levamos a palco uma peça sobre São Paulo. Tudo isto se foi passando ao longo dos tempos com grandes pausas pelo meio. Mas em 2014 tive o grande privilégio de escrever a minha primeira peça de teatro e vê-la a subir a palco por duas vezes. Tive a oportunidade de ser ensaiador, a oportunidade de ser dramaturgo, entre tantas coisas.

 

Em 2018 fui convidado a ser professor de teatro na Universidade Sénior de Vouzela e nesse mesmo ano fui convidado para aquela que foi a minha maior oportunidade neste ramo do teatro: entrar para o Visiunarte. Desde essa altura que a minha vida ganhou um novo alento. Tive a oportunidade de aprender, a oportunidade de assistir à atuação de atores fantásticos. Subi a palco como figurante, como dançarino, como cantor e cozinheiro. Tive a oportunidade de subir a palco como poeta e apresentador. Agora, agora tenho a oportunidade de fazer de mau da fita, de encarar talvez uma das personagens que mais gosto me dá fazer. Volto a subir a palco como dançarino e entre tantas outras experiências e oportunidades que vão surgindo.

Aladdin por Visiunarte Ateliês

 

Mas hoje, dia em que celebramos o Teatro é dia de relembrar e homenagear todos aqueles que trabalham para que as peças aconteçam em cima do palco: escritores, ensaiadores, maquiadores, costureiros, quem trabalha nos cenários, atores, músicos, entre tantos outros. Há uma vasta equipa a trabalhar para que as peças subam a palco. Hoje é dia de homenagear todos aqueles que trabalham para o teatro, todos aqueles que mesmo sem recebendo um único cêntimo lutam para levar o teatro a todos.

 

Infelizmente ainda não é dado o devido valor a esta arte. Existem inúmeras companhias amadoras a produzir trabalhos fantásticos. Companhias sem nomes conhecidos com fantásticos atores, dramaturgos. E estas não devem ser esquecidas, devem ser também apoiadas. O meu obrigado a todos aqueles que apoiam, que nos suportam, que nos dão alento para continuar.

 

Hoje quero terminar este texto fazendo um apelo: quando isto tudo do Covid-19 acabar, vão aos teatros, assistam a peças de teatro, batam palmas, critiquem, aconselhem. Gostava de ver salas de teatro cheias, peças inúmeras vezes em palco. Gostava de que existissem mecenas que apoiassem pequenas companhias, que o estado apoiasse essas companhias que trabalham por amor. Gostaria que os Cineteatros e Teatros tivessem portas abertas a estas companhias. Gostava que as autarquias dessem espaço a estas companhias, que as pessoas não reclamassem pelos 5 ou 10 euros que pagam para ver uma destas peças, dinheiro esse que não é, muitas vezes, para quem trabalha, mas para pagar direitos de autor, pagar rendas, despesas e todos os cenários e figurinos. Apoiem estas artes, apoiem quem trabalha para levar entretenimento a todos os que assim desejam.

 

Viva o Teatro!

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